segunda-feira, setembro 29, 2014

 DIÁRIO DE UM FOTOGRAFO AMADOR

Capitulo 2


Lá pelos idos do final da decada de 80, passeando pelo meu bairro em dia de feira livre, passeava descompromisso buscando as mesmas novidades que todo sábado eu via... rssr... e que me fascinavam.... revistas em quadrinho, livros e impressos em geral usados vendidos a ermo na feira ao lado de frutas, legumes e peixes, vejo um livro chamado (se minha memória não me enganar dessa vez) “o manual da fotografia”, um livro de capa dura formato grande, como sempre eu era muito curioso com coisas curiosas (desculpem o trocadilho infame.. rs), mas eu era assim e acho que ainda guardo muito isso, a impetuosidade de gostar do novo, de não se acostumar com o que você já sabe, ver outros olhares, acho que já era a veia de fotografia saltando. Enfim, peguei algumas revistas que não queria mais, juntei um dinheiro e torci para no outro final de semana não aparecesse outro garoto nerd querendo ler sobre fotografia... rs. Consegui, consegui comprar o tal livro e um mundo de regras, funções, equipamentos, calculos, filmes diferentes, luz, fotometro, asa, diafragma, velocidade... ptz... minha cabeça virou uma zona.
Sempre gostei muito de desenhar, desde bem novo, timido como eu só, desenhar era minha terapia, eu me fechava no meu mundo de possibilidades e criatividade (mas isso é papo pra livro.. rsrs) e isso que eu acho que fez a ponte pra eu ter a ansia de aprender sobre fotografia, ou seja, era como se os olhares, os enquadramentos, os storybords, tudo remetia a controlar e eternizar o que a mente imagina primeiro e depois seus olhos criam, paralelo a isso conheci uma grande incentivadora dessa nova fase de curiosidades, Greice Rosa (como o curriculo dessa talentosa mulher é vasto demais, aqui tá o link pra quem tiver curiosidade http://www.ateliedaimagem.com.br/direcao.php ) onde aprendemos juntos muita coisa de fotografia, sinceramente não lembro com exatidão onde conseguimos uma pentax K1000, mas nesse momento toda aquela ansia de trnasformar toda aquela confusão mental de informações que eu tinha lido estava muito latente, não vou entrar nos detalhes de que filme, que regulagem e blá blá blá técnico, porque não é essa a ideia desta coluna. Espero que com essse texto chamado Marcio Scavone falar: “Toda fotografia é um autoretrato”. Pensei muito nesta frase e concordei planemente... todas as nossas impressões sobre a vida, sobre emoções elas ficam congeladas na retina da nossa alma para que possam ser reveladas no nosso olhar.
eu tenha conseguido passar o nascimento de uma vontade, de uma gana, de um viés artistico, como se origina a vontade de criar, a curiosidade de fazer, de ter orgulho de fazer algo que supostamente achamos bonito, legal, contundente, o ser fotografo tem por essencia o olhar, a história que fez o olhar, como era o olhar antes do olhar, de onde vem a dor, a alegria, o vigor, a raiva e todos os setimentos marcados no controle da luz e das sombras, a pouco tempo escutei um fotografo
Na próxima postagem vou tentar narrar a emoção da minha primeira saida para fazer uma sessão de fotos.. esperamos que estajamos juntos na nossa próxima resenha.. até la..


Helio Andrade

quinta-feira, abril 24, 2014

Diário de um fotografo amador.


Capitulo 1


Bem vindos ao meu humilde “diário de um fotografo amador”, espero a cada texto contar um pouco das aventuras e desventuras de uma pessoa que está a cada dia imergindo mais e mais fundo nesse mundo fantastico do controle da luz e arte, não falarei muito sobre dicas, técnicas e macetes, porque isso tem abundantemente na net, mas esperem que a cada texto vocês possam se apaixonar mais e mais assim pela fotografia assim como eu.

Sempre fui apaixonado pela fotografia , na minha adolescência eu possuia uma pentax k1000, de filme (para os curiosos, “dá um google” ai pra ver a belezura... rsrs), mas como a maioria dos adolescentes fazem.... esqueci meus ótimos habitos em detrimento das responsabilidades da vida. Mas em meados do ano passado (2013) resolvi resgatar essa estimulo, essa sensação, esse prazer, como estava totalmente desatualizado quanto a equipamentos, ainda mais em épocas que novos equipamentos surgem a cada minuto, queria pesquisar uma máquina que fosse um pouco robusta, com recursos bons e o principal.... barata e com opiniões boas na net (isse é um dos melhores metodos para se comprar hoje em dia.. rs), depois de varias pesquisas cheguei em um meio termo que achei interessante, onde eu consegui uma certa qualidade e um preço bastante acessivel, comprei uma nikon D5100 (curiosos também podem “dar um google”.. rs).

Munido de uma agressiva vontade de recuperar o tempo perdido (até certo ponto isso é ruim, porque nos causa ansioedade e na fotografia o dom prioritário é a PACIÊNCIA), vi tudo que podia na internet, video aulas, textos sobre o principal para relembrar, que é obturador, diafragma e velocidade e estabeleci uma meta de um dia na semana e esse dia elegi domingo (mas isso não é nada engessado.. apenas escolhi o dia mais livre pra mim, mas nada impede que eu saia meio de semana, a noite, de madrugada, com sol, com chuva.... afinal a vida está ai para que possamos imortaliza-la) e será sobre esses dias que saio para fotografar que falarei nos próximos capitulos. Por enquanto espero que esse primeiro capitulo tenha servido para mostrar o que vem depois.


Helio Andrade

quinta-feira, março 20, 2014

Galeria de Helio Photo Andrade

largo da igrejalast nightfragilefiossem títuloleon
human ?cardcard 2CARNAVAL DO POVOflying saucerVanessa
candy candygame is over ?destroyedvai de longe....noiseprisma
show e luz...luz na noitee a foto ?3sem títuloO QUE ESPERAR ?
para quem tiver curiosidade de conhecer meu novo trabalho artistico...

terça-feira, setembro 11, 2012

MINHA GUERRA


Eu escrevo armado
Bombas, pistolas
Sou terrorista
Prestes a explodir
Fugitivo
Eu escrevo armado
Estou em trincheiras
Disfarçado
Não me rendo
Não desisto
Eu escrevo armado
Através da mira
Tenho facas e cicatrizes
Sou cirúrgico
Sei torturas

Eu escrevo armado por você...
... pra te render
Te persuardir
Te convencer
Te derrotar
Te provar
Te controlar
Te mostrar
Que sou seu prisioneiro
E estou derrotado.

Helio Andrade

segunda-feira, outubro 03, 2011

CRIATURA

Senti a noite como não queria,
Um escuro piscar do luto
como um "amor-cria" imundo
Vendo a Lua de cara suja que surgia
o vento como um susto
que um sono inteiro criava,
senti a noite que ria,
senti o que ela sempre dizia:

Você é cria minha !!


Helio Andrade

sábado, abril 16, 2011

Lágrimas


Lágrimas...
Corpo, siga meus passos!
deixe o caminho passar
no futuro, presente e passado...
olhos, vejam a paisagem mudar...
segundos o tempo absorve
memórias tendem a divagar...
alcunha da vida é a morte
preciso de sorte para despertar.
Lágrimas saltam,
não suportam mais dor...
globos da face, janelas da alma,
universo da mente, infinito amor...

Herik Rocha

sábado, janeiro 29, 2011

 TIRA OLHO, mais um do sertão.

Papo Amarelo era seu nome, cangaceiro de grande fama no sertão pernambucano, fiel ao bando, em primeiro lugar a lampião, respeitador de Maria Bonita e mal visto pelos coroneis de fazenda e engenho, as volantes de “macacos” grunhiam seu nome enquanto vinham da capital atráz de suas cabeças. Não muito baixo, mas troncudo, atarracado, cabelo grande, desgrenhado, sempre com olheiras decorrentes das noites atentas ao impreciso, pele branca, avermelhada pelo sol forte, aparentava uns 40 anos, mas tinha 30, sempre com suas roupas de couro claro, alpargatas escuras e borneis floridos bordados por Zefinha, sua companheira, possuia a voz rouca e forte, de fala rápida, tipico de quem é acostumado a gritar, liderar, possuia esse nomepor causa do seu rifle Wintchester papo amarelo que era sua fiel parceira e nunca lhe deixava desamparado. Era dono de um semblante eternamente sério que era intensificado pela cicatriz funda e grande que possuia acima da testa.
Não media as palavras, tinha a personalidade forte, carater duvidoso, justo com as discordias internas do grupo, tinha rancor do ricos que tinham terras a perder de vista, porque ele cresceu como bastardo em uma grande fazenda e dividia espaço com os cabritos ao mesmo tempo que sonhava com uma varanda florida em que pudesse brincar e depois descansar com sua mãe em uma rede.
Apelidado por uns como “tira olho”, pois era assim que fazia com seus desafetos, depois de imobiliza-los tiravam-lhe os olhos como um abutre sedento. Foi morto no mesmo dia que o resto do bando, deixando sua cabeça como um souvenir macabro para a posteridade, assim como ficam para posteridade, as várias histórias nordestinas que nada mais são do que outros souvenirs macabros, que ano após ano permeiam nosso imaginaram como se fossem páginas criadas de algum livro velho esquecido ou nas páginas versadas de algum cordel, mas na verdade são vividas, choradas e sangradas.

Helio Andrade

domingo, outubro 24, 2010

NÃO HÁ UM ESPERTO QUE NÃO ENCONTRE OUTRO


NÃO HÁ UM ESPERTO QUE NÃO ENCONTRO OUTRO.
 
Terça-feira, 19/10/2010 foi dia de que ? jogo ? Talvez Real madrid vs Milan ou quem sabe Chelsea vs Spartak ? Não... esse foi o dia da peça “NÃO HÁ UM ESPERTO QUE NÃO ENCONTRE OUTRO” uma excelente peça baseada em uma outra peça, francesa, chamada La farce de maître Pathelin (A Farsa do Advogado Pathelin), criada por volta de 1460, A autoria da obra é atribuída a Pierre Blanchet ou a Antoine de La Sale, estrelada pelo grupo MATERIAL DRAMATURGICO, formado apenas por mulheres (fato este que se torna totamente irrelevante no decorrer da peça, pois talento não é regido por nenhuma condição pré-establecida), com a Direção Cênica: André Poubel, Direção Geral: Zilla Costa
Com as atrizes: Ana Rial, Bia Nandes, Denize de Gasperis, Gisele Vaz, Marisa Barbosa
Neuzimar Hissa (essa não estava representando no dia) e Zilla Costa, abrilhantou minha noite, com um clima leve, descontraido, e alegre encenado noteatro de arena do centro cultural CAIXA ECONOMICA, localizada no centro do rio de janeiro, próximo ao largo da carioca. Devo ser sincero, pouco me importava o tom critico que luminosamente margeou a peça, pois ela me serviu ao que se anunciou... diversão.... de me tirar da rotina estressante do meu dia a dia, álias de tom critico, basta meu imenso repertório de xingamentos a ordem estabelecida, recomendo (com louvor) a quem possa interessar  que veja esta peça e apenas e simplesmente divirta-se e se recrie no imaginário do lúdico, afável e conscientemente flutuante nesse mar de escracho e deboche que vivemos.












TEXTO E FOTOS: 
Helio Andrade

terça-feira, outubro 05, 2010


ATÉ OS RATOS REAGEM

IDÉIAS, IDEAIS, IDEOLOGIAS BANAIS
SE TORNAM HIPOCRISIA
É DISCRIMINATÓRIO, O MUNDO EM QUE EU VIVIA
E A VIDA ME DIZIA

NÃO ADIANTA TALENTO, NEM MESMO ARGUMENTO
FILOSOFIA DE VIDA NÃO LHE GARANTE O SUSTENTO

ATÉ OS RATOS REAGEM
MAS TEM QUE TER CORAGEM

SEJA DE ESQUERDA OU DIREITA, CATÓLICO OU CRISTÃO
TOCANDO SUA GUITARRA, PANDEIRO OU VIOLÃO
EM ALGUM MOMENTO NA VIDA, EM FRENTE AO PAREDÃO
VC SERÁ PRESSIONADO E TERÁ CORAGEM OU NÃO

"EM ALGUM MOMENTO A VIDA LHE COBRA UM CAMINHO,
ERGUER A SUA BANDEIRA OU ALIMENTAR SEU FILHO
ELA TE OLHA NOS OLHOS E AINDA LHE DIZ SORRINDO
ACEITE ESSA PROPOSTA OU SIGA SEU DESTINO"

NÃÃÃOOOOOOO

E CORTE SEU CABELO E FAÇA ESSA BARBA
NÃO USE ESSA ROUPA, NEM DIGA ESSA PALAVRA
ESQUEÇA SUA VIDA ELA NÃO VALE NADA
RECEBA UM TAPA NO OMBRO E VENDA SUA ALMA
MAS ELES TEM CORAGEM

Darc Lepres

sexta-feira, setembro 17, 2010

MÚSICA CLASSICA

NEM SÓ DE FUNK E PAGODE VIVE A BAIXADA FLUMINENSE.

Ao sair da minha batalha diária para defender o pão de cada dia, eu tinha um convite deveras sui generis, assistir a uma apresentação de música clássica em São João de Meriti, baixada fluminense, a mesma baixada onde trabalho e resido, assim como uma pessoa que aprecia uma flor de lótus em seu habitat natural (a lama) fui completamente motivado a prestigiar tal evento, durante minha caminhada ao local do evento fui invadido por diversos ruídos musicais.. como funks diversos e cada um mais insuportável que outro e pagodes mais desafinados e melosos, vendedores de paçocas entoando mantras para suas vendas em pontos de ônibus e imparcial a tudo cheguei ao SESC. 
Cheguei meia hora antes e me sentei quase a frente escolhi um bom lugar e esperei, apreciando a movimentação dos músicos, dos coristas e solistas chegando, e me mordendo de inveja (infelizmente é verdade) de não participar de mundo de sensibilidade sonora, o público chegando e se acomodando e as primeiras notas de violino e violoncelo sendo afinadas, enfuando eu tentava regular minha máquina fotográfica para captar a melhor qualidade de imagem possível sem precisar usar flash e não atrapalhar nenhum músico e com um pequeno atraso, pequeno mesmo, sem chance de incomodo eles começaram sob a regência do simpático e super maestro Iracito Cerqueira entoaram clássicos de Handel, Haydn, Gounod, Pachelbel, Mozart, Vivaldi, entre outros, performances inesquecíveis dos solistas Flávio Guimarães que interpretou magistralmente Behold and see (Handel) e Hellen Cerqueira também de um modo fantástico interpretando Largo (Mandel)
Uma noite memorável, rápida, porém memorável, seguem abaixo algumas fotos para que vocês tenham uma idéia do que foi, não postei nenhum vídeo, porque não possuo equipamento profissional o suficiente par que ficasse fiel a emoção e sensibilidade auditiva que presenciei.

Espero que todos possam valorizar as diversas formas de expressão cultural, principalmente as mais escassas como apresentações de música clássica, erudita e similares.

Viva a Cultura

texto e fotos
Helio Andrade